segunda-feira, 20 de abril de 2009

Racismo

Esse é polémico não é amigos?

Adivinharam?



















O assunto na pauta é racismo é claro!

Todos sabemos,ou deveríamos saber,que todos são iguais em direitos e obrigações sem qualquer distinção injustificada.Assim diz a lei e qualquer ética razoável,isso não se discute.

Mas se deveriam ser, como não o são?

Fazendo uma rápida analise histórica lembramos que os negros vieram ao Brasil vendidos na África por seu próprio povo,sendo por serem guerreiros derrotados de tribos inferiores ou por serem escravos propriamente ditos.

Com a abolição da escravidão não mudou muito em sentido de estabelecer igualdade.














O negro continuou a ter péssimas condições de trabalho e a abstinência do Estado se manteve.

Trazendo as consequências disso para os dias atuais nós temos:

-Nas escolas públicas, segundo o IBGE, o índice de alunos negros ou pardos chega a 60% dos alunos.

-Nas escolas particulares dos que disseram ser pretos e pardos é de 30% no ensino médio médio.
-Segundo o IBGE, entre os estudantes de 18 a 24 anos de idade, a porcentagem de negros que adentra o ensino superior (lembrem-se que essa porcentagem é subsequente a porcentagem de negros no nível médio) é de 25%.

Não parece igualdade,parece?

Então veio o polémico sistema de cotas...e é isso que vamos discutir!

O primeiro ponto que gostaria de abordar é sobre a constitucionalidade das ações afirmativas.

Diz o Art. 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade.

Pois é,a questão que cabe a abordar é referente a interpretação constitucional,a grande maioria das pessoas realiza uma interpretação gramática(ao pé da letra),nessa modalidade o sistema de cotas é realmente inconcebível.Mas infelizmente essa lógica não passa de um grande sofisma. Pois percebam, seguindo esse pensamento,também será inconcebível prerrogativas para idosos e portadores de deficiência, já que " Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza..."

Portanto, seria mais adequado fazer uma interpretação teleológica(busca o sentido da norma) para fazer ao modo dos gregos com o seu dito: "Tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais, visando estabelecer igualdade".














Melhor agora?Muito melhor!

Muita gente diz que o sistema de cotas é uma ofensa aos negros,dizem chamar o negro de burro.Não é esse o objetivo com certeza,em verdade a razão do Estado é tentar redimir(dentro do possível) o dano causado a uma etnia.Racismo é imprescritível!

Muita gente também diz que o correto é investir na educação pública para torna-la tão boa quanto a privada, assim seria indiferente a quantidade de negros em uma ou em outra,pois a igualdade estaria garantida.Essa medida combateria além do racismo a pobreza no pais, mas devemos nos lembrar do que foi dito sobre a elite, eles não investiriam na educação nem na igualdade,não faz sentido pra eles fazer seus subordinados pensarem.

Então o que resta a fazer?

Devemos lembrar que as cotas vieram combater,em primeiro plano,o racismo!Deixe-mos a pobreza para nossos nobres governantes.
Por isso defendo o sistema de cotas como o caminho mais viável para alcançar uma sociedade menos discriminadora. Até o dia em que esse sistema não será mais necessário.

2 comentários:

  1. Texto bem escrito e informações históricas. Está escrevendo bem, Nicolau. Conteúdo interessante e que prende o leitor, apesar de ser um assunto já bastante discutido e tomado por posições definidas e concretas, mas afinal, cada um defende e segue suas próprias verdades. Parabéns e continue assim. Agnes

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  2. Concordo com a Agnes. Já ouvi por parte de alguns amigos negros, que muitos deles detestam o estabelecimento dessa "cota", pois para eles significa uma constatação formalizada da diferenciação. Eles schariam melhor que o assunto das vagas não fosse NEM DISCUTIDO, e que as vagas fossem conquistadas pelos negros em igualdade de disputa com os brancos, levando em consideração simplesmente o MÉRITO.

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